Série: Juntos em Cores
A dança das dominâncias cíclicas
Nesta série de 20 imagens, dois corpos são coreografados sob uma iluminação dramática de contrastes intensos — o azul e o vermelho se entrelaçam como notas musicais dissonantes que buscam harmonia. O ensaio é construído não apenas como um ensaio, mas um verdadeiro balé visual, em que cada pose evoca um ato de entrega ou liderança, e cada mudança de luz ressignifica o papel de quem conduz e de quem se deixa conduzir.
A narrativa corporal oscila entre gestos de contenção e expansão, como se os modelos dialogassem por meio do movimento: ora um assume a frente, ora o outro reivindica o centro da cena. A iluminação em blocos cromáticos — fria de um lado, quente de outro — não serve apenas como recurso estético, mas como linguagem: define territórios, demarca tensões, expõe o conflito e a complementaridade.
Tecnicamente, percebe-se a assinatura inequívoca de fotografia: o controle absoluto do chiaroscuro, a valorização do relevo muscular sem sacrificar a delicadeza do gesto, e a composição rigorosa que transforma cada quadro em uma pintura viva. Não há poses aleatórias; tudo é coreografado com precisão quase teatral, respeitando a lógica de uma “dança cíclica” onde liderança e submissão trocam de lugar sem hierarquia, apenas como fluxo natural da performance.
“Juntos em Cores” é, portanto, mais do que um ensaio sobre o corpo humano — é uma meditação visual sobre poder, afeto e reciprocidade. A cada imagem, os papéis se invertem como passos de dança que ora marcam, ora deslizam, criando um ciclo contínuo de tensão e harmonia, conflito e reconciliação, presença e entrega.
Os modelos apresentados são o Rodrigo e Niki
Series: Together in Colors
The Dance of Cyclical Dominance
In this series of 20 images, two bodies are choreographed under dramatic lighting of intense contrasts—blue and red intertwine like dissonant musical notes seeking harmony. The work is built not merely as a photoshoot, but as a true visual ballet, in which every pose evokes an act of surrender or leadership, and every shift in light redefines the role of who leads and who allows themselves to be led.
The corporal narrative oscillates between gestures of containment and expansion, as if the models were dialoguing through movement: at one moment one steps forward, at another the other claims the center of the scene. The illumination in chromatic blocks—cool on one side, warm on the other—serves not only as an aesthetic resource but as a language: it defines territories, marks tensions, and exposes conflict and complementarity.
Technically, one perceives the unmistakable signature of the photography: the absolute control of chiaroscuro, the enhancement of muscular definition without sacrificing the delicacy of the gesture, and the rigorous composition that transforms each frame into a living painting. There are no random poses; everything is choreographed with a near-theatrical precision, respecting the logic of a “cyclical dance” where leadership and submission trade places without hierarchy, merely as the natural flow of the performance.
“Together in Colors” is, therefore, more than an essay on the human body—it is a visual meditation on power, affection, and reciprocity. In every image, the roles invert like dance steps that alternately mark or glide, creating a continuous cycle of tension and harmony, conflict and reconciliation, presence and and surrender.
The featured models are Rodrigo and Niki.